quarta-feira, 10 de novembro de 2010

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

De desencontros

Tinha acabado de subir as paredes escorregadias da toca. Eu havia chegado ao topo, afinal. Via o pouco de luz que meus olhos, desacostumados com a claridade, conseguiam absorver. Estava ainda fraca quando aquela noite de julho me jogou de volta para a toca. Mas não acho que tenha sido só a fraqueza da relação interior. Não, não foi só a fraqueza. Mal sabe ela que motivos não me faltam. Tenho aos montes. Talvez o principal deles seja aquele olhar urgente que ela me deu uma vez. Aconteceu uma única vez, mas bastou. Ou talvez seja a risada alta que ela dá quando ri de verdade. Ou o jeito delicioso com que usa as palavras. Talvez seja o olho direito, sempre mais fechado, ou talvez o jeito de falar, oscilando entre grito e sussurro. O jeito que escreve, que sorri, que canta. O jeito que erra a letra da música e coloca a culpa no cantor. O jeito que se importa. Como me surpreende quando comenta algo que eu achei que ela não tinha prestado a menor atenção. Ou o jeito que acha que eu não presto atenção, quando o que mais faço nesses últimos meses é prestar atenção no que ela diz. Talvez seja o jeito sensível que não aparece de cara, mas que está lá, é só olhar bem. O cheiro. Aquele jeito de quem sabe de tudo. A implicância. Talvez seja aquela roupa que ela usa, ou o jeito sexy que eu costumava achar. Como disse, motivos não me faltam. Ela, pra mim, é aliviante. Como o pôr-do-sol. Como o dia que se abre depois da chuva. Dizem por aí que a gente fica bobo quando se apaixona. Vê o outro mais bonito do que realmente é. Mas eu não acredito nisso. Acho que, na verdade, quando nos apaixonamos vemos o outro. Vemos de verdade. Ver. Uma coisa meio "O segredo dos seus olhos". Não importa como a pessoa aparenta ser, mas como ela é. Como ela é quando prestamos atenção e a vemos de verdade.
Voltando a mim, pois é, contrariando todas as expectativas, parece que me apaixonei. Juro que tentei negar. Neguei pra mim e pros outros. Mas acabei chegando a conclusão que só posso ter me apaixonado. Ou pelo menos entrado nesse processo - e ele ficou assim, interminado. Sim, sou de processos. Entro em processos conscientes pra gostar de certas coisas. Não foi o caso, lógico. O processo de me apaixonar de novo foi totalmente inconsciente. E inesperado. Um dia eu estava querendo fugir e inventar uma desculpa pra ela não aparecer na festa - como, aliás, sempre faço. No outro já estava inventando uma desculpa pra vê-la de novo. E de novo. E de novo. E não sei em que parte dessa história toda me perdi. Me perdi. Entrei na toca do coelho. Entrei não, caí. Provavelmente o que aconteceu é que eu estava só espiando na borda. Sabe. Olhando lá pra baixo e lembrando do tamanho da queda. Aí bateu um vento. Só pode ter sido isso. E eu caí. Fiquei grande e pequena, como na história. Mas, como caí sozinha, não caí por inteiro. Me segurei em algum galho no caminho e parei. Parei no processo de me apaixonar. Graças aos Deuses. Por um momento achei que ela tivesse vindo comigo. Me assustei com a queda, claro. Mas com ela comigo, talvez me demorasse um pouco mais pra voltar à superfície. Talvez nem voltasse. Ficaria lá, presa no galho, acompanhada por ela, escorregando aos pouquinhos mais pra baixo. Eu disse acompanhada por ela? Não, não. Me enganei. Me enganei absurdamente. Fui sozinha. Ela permaneceu lá, bem longe da toca. Bem protegida, com os dois pés no chão, numa distância segura: bem longe de mim. Provavelmente nem se deu conta do que aconteceu. Nem reparou quando eu sumi pela abertura. Devia estar olhando pro outro lado. Não a conhecia, afinal. Talvez pela fraqueza da queda anterior, não enxerguei direito o que me foi mostrado. Ou o que não me foi. Porque de fato, ela não tem culpa. Não deu um real sinal sequer de que embarcava comigo. Não se envolveu nem por um segundo. Quem idealizou fui eu. Mas o que importa é que foi naquele momento, quando me dei conta de que estava perdida no processo, que parei pra lembrar do começo. E percebi que a minha nítida sensação dela na beira da toca, caindo comigo, estava embaçada. Me enganei. Logo eu, que me orgulhava de sempre saber dessas coisas. Que me orgulhava de não perder meu tempo com quem não iria até a beira comigo. E de sempre, sempre perceber quando acontecia. Pois é, logo eu. Mas o fato é que fiquei presa, nessa memória do que não aconteceu, por um bom tempo. E nesse tempo me perdi ainda mais. E nesse tempo a perdi, se é que ainda havia algo pra perder. Na certeza que ela tinha entrado comigo, não a enxerguei do outro lado do jardim. Fiquei cega, logo eu, que me orgulho de ser diagnosticada com 100% de visão. Mas preciso voltar, não posso me perder no assunto que me fez escrever essas linhas. 
Ela. Ela está lá, provavelmente segura, provavelmente apaixonada, provavelmente linda como eu a vejo. Mas lá. Achando tudo isso uma grande bobagem. Com outra pessoa, provavelmente pensando em chegar bem pertinho da beira da toca. E quem sabe cair, dessa vez. E talvez ela nunca tenha percebido que me deixa aqui, ainda meio perdida, ainda tentando escalar as tais paredes escorregadias.Que dessa vez são mais curtas, graças ao galho que me fez parar no meio do processo. Mas, quando se sai da toca pela segunda vez seguida, não se tem mais forças pra cair de novo. Claro que é um risco. Pode passar um vento, de repente, como aconteceu dessa vez. Mas é só ficar bem longe da entrada. Do outro lado do jardim. Esperando que as mãos melhorem, o coração descanse, as unhas voltem a crescer. Pode não parecer, mas isso é uma declaração tardia. Não que ela se importe, mas espero que aproveite, porque nunca faço coisas assim. E ela talvez nem acredite nisso, como não acredita em muita coisa. Mas, como disse, as paredes são escorregadias demais. E escrever me ajuda a subir. Já quase sinto a luz novamente, queimando meus olhos. Amém.


(Alice Carvalho)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

sábado, 23 de outubro de 2010

curta é a vida, longa é a paixão

Tentei dizer quanto te amava, aquela vez, baixinho,
mas havia um grande berreiro, um enorme burburinho
e, pensando bem, um berçário não é o melhor lugar.
Nós dois de fraldas, lado a lado
cada um recém-chegado.
Você sem poder ouvir, eu sem saber falar.

Tentei de novo, lembro bem, na escola.
Com um PS num pedido de cola
interceptado pela professora feito gavião.
Eu fui parar na diretoria
enquanto você, desalmada, ria
- curta é a vida, longa é a paixão.

Numa festinha, ah, suas festinhas, disse tudo:
"Te adoro, te venero, ma tua frente fico mudo."
E você tomando goles de um silencioso Hi-Fi.
Só mais tarde eu atinei:
cheio de Cuba e amor, me enganei.
Tinha dito tudo para o senhor seu pai.

Gravei, em vinte árvores, quarenta corações.
O teu nome e o meu, flechas, palpitações.
No mal-me-quer, bem-me-quer, dizimei jardins.
Resultado: sou pessoa pouco grata
corrido aos gritos de "Mata!"
por ambientalistas e afins.

Recorri, desesperado, a um gesto obsoleto:
"Se não me seguram, faço um soneto!"
E não é que fiz, e até com boas rimas?
Mas você nem ficou sabendo.
Ele continua inédito, por você plangendo
- mas fui premiado num concurso de Minas.

Comecei a escrever, com pincel e piche
em muros brancos, o asseio que se lixe,
todo o meu amor para a sua ciência.
Fui preso aos socos e fichado.
Dias e mais dias interrogado.
Era PC, PC do B ou outra dissidência?

Te escrevi com lágrimas, suor e mel
(você devia ver o estado do papel)
uma carta longa, linda e passional.
Como resposta nem uma cartinha.
Nem um cartão, nem uma linha!
Vá se confiar no Correio nacional...

Com uma serenata, sim, uma serenata
como as do tempo da "Cabocla ingrata"
me declararia, respeitando a métrica.
Ardor, tenor, calçada enluarada
havia tudo sob a sua sacada
menos tomada pra guitarra elétrica.

Decidi, então, botar a maior banca
e escrever no céu com fumaça branca:
"Te amo, assinado..." e meu nome bem legível.
Já tinha avião, coragem, brevê
tudo para impressionar você...
Veio a crise do petróleo e faltou o combustível.

Ontem finalmente cheguei ao seu ouvido
e, na discoteca, em meio ao alarido
despejei o meu pobre coração.
Falei da devoção há anos entalada
e você disse: "Com essa música, não escuto nada!"
Curta é a vida, longa é a paixão.

Na velhice, num asilo, lado a lado
em meio a um silêncio abençoado
te direi tudo o que eu queria, meu bem.
Meu único medo é que então
empinando a orelha com a mão
você me responda... "Hein?"

(LFV)



é dele, mas fato que podia ser meu.

e vamo que vamo!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

antes o atrito que o contrato



“Be yourself, everyone else is already taken." Oscar Wilde

uhuhu

Tô empolgada!! 3 posts seguidos... haha... surtei.

salve, salve

Blog reaberto e pronto pra próxima!! :))

Porque têm coisas que deveriam ser simples e não são. Olha, confesso que adoro complicar, sou complicada pra caralho e tal. Mas acho que têm coisas que, se não são simples, se não são leves, talvez não sejam mesmo pra ser. E o que não tem solução, solucionado está. E como diz Iara, sozinha é histerismo. E essa vida é muito mais, né não?
Uma pena.. fato. Sinto - portanto, sei - que é uma pena. Mas tantas outras coisas são, fazer o que? Não faz o menor sentido insistir. Saltar. Nunca fui fã de altura, mesmo.
É isso. Bora viver.

Ah, preciso concordar aqui com uma coisa que ando ouvindo bastante ultimamente: sou egocêntrica. Assumo. Devo ser mesmo, só pode. Sabe quando você supõe que algo seja relacionado à você? Aí não é. Nunca é. Aí você vê que realmente, ou você é mega egocêntrica (leão com áries, explica?), ou burra. rs. Ou mané. ;)

E só pro blog ficar com conteúdo nesse dia maravilhoso do regresso, aí vai um texto sobre a simplicidade das coisas. Que levei uma bronca por tê-lo postado no lugar errado. rsrs
Então agora aí vai, no lugar certo.

E vamo que vamo!



Sherlock Holmes e Dr. Watson vão acampar. Montam a barraca e, depois de uma boa refeição e uma garrafa de vinho, deitam-se para dormir. Algumas horas depois, Holmes acorda e cutuca seu fiel amigo: -- Meu caro Watson, olhe para cima e diga-me o que vê. Watson responde: -- Vejo milhares de estrelas. Holmes então pergunta: -- E o que isso significa? Watson pondera um pouco, depois enumera: -- Astronomicamente, significa que há milhares de galáxias e bilhões de planetas. Astrologicamente, observo que Saturno está em Leão e teremos um dia de sorte. Temporalmente, deduzo que são cerca de 3h15, pela altura em que se encontra a Estrela Polar. Teologicamente, posso ver como Deus é poderoso e que somos pequenos e insignificantes. Meteorologicamente, suspeito que teremos um lindo dia amanhã. Correto?
Holmes fica um minuto em silêncio, então responde: -- Watson, seu idiota, significa apenas que alguém roubou nossa barraca!!!
 

terça-feira, 5 de outubro de 2010

closed

Tudo por não estarem mais distraídos

Como não estou afim de escrever mais nada, aqui vai um texto que fiz há tempossss no fotolog. Escrevi a parada em 2005, mas é impressionante como é atual. Infantil, talvez, mas atual. Pois é. A vida é cíclica...


Tudo, tudo por não estarem mais distraídos...

É impressionante como a Lei de Murphy se faz presente. Na verdade, acho que não é nem culpa do coitado do Murphy. É mais culpa da Clarice Lispector, uma coisa meio “por não estarem distraídos”, sabe.
Não sei se é só comigo – é, o universo às vezes conspira contra mim – ou se todo mundo sente isso. Só sei que quando não reparo nas coisas elas acontecem, se desenrolam, fluem. Agora, é só eu começar a reparar, prestar atenção e querer de verdade que aconteça, que a coisa toda trava. Empaca. Fode mesmo.
Talvez se eu não pensasse tanto. Mas não tenho como parar de pensar. Quando me pego analisando, raciocinando, reparando, invejo profundamente as pessoas simples. A lavadeira do interior. A camponesa humilde. A mulher de pé no chão. Ícones de pessoas que levam a vida de um jeito mais simples, menos pensante. Mas não tenho como evitar. Penso, analiso, raciocino, reparo. Sou assim. E adoro. E detesto. E tem horas que só o que eu preciso é fugir. Escalar o Everest. Andar na Bahia com a água molhando o pé. Ver o pôr e o nascer do sol. Simplificar. Sair daqui.
Mas sozinha não tem graça. Sozinha não quero. Sou comunicativa. Preciso falar, ouvir, aprender. Preciso ver o pôr do sol e chorar com alguém. Preciso olhar as estrelas e rir com alguém. Preciso. Preciso criar teorias infundadas sobre a vida. Inventar constelações. Ter imensas conversas que não levam a nada. E que ao mesmo tempo, a tudo. Preciso. Preciso de reciprocidade. De cumplicidade. De verdade. Preciso.
Preciso daquele contato com os olhos. Aquele olhar que diz tudo, sem dizer nada. Mesmo sem som, a comunicação existe, está ali. A energia passa, entra e sai de um modo tão intenso, tão vivo, mas que quase ninguém se dá conta. E essa intensidade me fascina. Quando vejo alguém pela primeira vez, sinto a pessoa. E não é nada fora do comum, nada sobrenatural. É simples. Energia. Pura e simples energia. Que está ali, na pessoa e em mim. Em mim e na pessoa. A gente se olha, fala, ouve, respira. O corpo fala. E aí eu sei. Você sabe. É só prestar atenção... é saber-se capaz de perceber o algo mais. É saber-se capaz de ler na entrelinhas. No silêncio, na pausa. No que a pessoa não diz. Interpretação.
Mas eu queria – a, como eu queria – ser a lavadeira do interior. A camponesa humilde. A mulher de pé no chão
(17/06/05)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

pode me largar, que eu tenho pressa

"...não sigo o fluxo, faço o caminho que me parecer mais justo 
fala baixo que eu escuto
eu pressinto tudo o que você não quis dizer
então pode me largar, pode sair da frente
eu sei que sou diferente
mas é assim que eu gosto,
entende?"



domingo, 26 de setembro de 2010

.

assistiam ao pôr-do-sol. sentados na grama, era como se mais nada existisse. pelo menos para ele. nem se preocupava em identificar uma ou outra mulher interessante, como normalmente faria. não agora. seus olhos estavam fixos nela. interessados no blá blá blá de alguma história que ele já tinha - obviamente, nesse momento - perdido metade. isso não costumava acontecer, mas seus olhos estavam mais bonitos ainda naquela luz. não conseguiu se concentrar. percebeu que ela parara de falar e estava em silêncio há algum tempo. silêncio que podia - se ela reparasse bem - revelar suas intenções. para não arriscar, resolveu preenchê-lo.
- sabe, vi um comentário dia desses que diz que, após os 25 anos, todos estão procurando uma chance de recomeçar a vida amorosa, de se livrar do passado amoroso e começar de novo.
- ué, mas será que não existem pessoas que não têm um passado amoroso mesmo com essa idade?
- acho que não. mas se houver alguém sem esse passado, bagagem, traumas, defesas, eu queria ser apresentado a ela.
ele sabia que ela se colocaria na situação. pensou que talvez fosse mesmo essa a intenção.
- o que estamos vivendo é tão difícil assim?
- ah, não sei...
arriscou, mas sabia que não escaparia assim tão fácil.
- me diz no que está pensando?
- ah, queria que fosse diferente, em outra época, que tivesse acontecido antes de virarmos essas pessoas de mais de 25 precisando recomeçar.
- eu também.
silêncio. não gostava do silêncio porque sempre acabava se precipitando e falando mais do que devia. ela sabia disso.
- não quero entrar na sua confusão. apesar de querer. não quero.
não devia ter falado. 
- então é isso?
não era isso. não era nem perto disso. queria entrar no que fosse e ver aonde ia dar.
- o que você acha?
- não sei.. não sei direito o que fazer. a única coisa que tenho certeza é que o que temos me faria falta. mesmo na minha confusão. porque, na minha cabeça tumultuada e no meu coração que falta um pedaço, você entrou. e mesmo sem ocupar a parte faltante e nem resolver o tumulto, você está lá, presente, desviando meus pensamentos, mesmo que por alguns instantes. você me diverte, me instiga, me faz acordar. e isso é aliviante. mas... o que você quer fazer?
queria beijá-la naquele momento. odiava o jeito com que ela voltava sempre a pergunta pra ele. queria beijá-la e dizer que tudo ficaria bem, que fariam como ela quisesse, com as condições que precisasse. queria falar que queria ficar com ela, não importava exatamente como. mas ao invés disso, silenciou. reparou nos seus olhos, que pediam uma alternativa. pesou os fatos. pesou os sentimentos. concluiu que pularia de cabeça. mesmo sofrendo tudo de novo o que sabia que sofreria. bem sabia. mas já não se importava tanto assim. começou a falar.
- quero fic...
parou. de repente, mil toneladas pareceram invadir seus pensamentos. a frase meio dita voltou para dentro da boca, impedida de continuar. se falasse aquilo, se abrisse seus sentimentos daquele jeito, o que ela iria pensar? como iria entender aquilo? sabia, por experiência, que entre a palavra falada e o que é entendido existe uma grande lacuna. e se ela pensasse que ele estava apaixonado demais? e se ficasse com medo disso e se afastasse? sabia que ela estava confusa, não queria assustá-la. não queria que ela entendesse mais do que se havia para entender. mas podia acontecer. e ele sabia que nada do que falasse ou explicasse depois mudaria o primeiro entendimento. ficou, ele próprio, com medo. decidiu não arriscar. afinal, o racional é sempre mais indicado. e ele dissimulava bem, era ótimo nisso. ela não perceberia.
- ah, eu não sei. faça o que achar melhor. por mim, tudo bem. vamos embora? já é noite.
- ah, sim. vamos.




*inspirado em uma espécie de documentário sobre o filme "comer, rezar, amar". pois é. talvez por isso esteja ruim. rs


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

mentira?

hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito
exijo respeito, não sou mais um sonhador
chego a mudar de calçada
quando aparece uma flor  

e dou risada do grande amor
 

mentira...

sábado, 18 de setembro de 2010

tudo por acaso

eu sei
tudo por acaso
tudo por atraso
mera distração
eu sei
por impaciência
por obediência
pura intuição

ninguém vai
saber de nada
eu sei
pelo sentimento
pelo envolvimento
pelo coração
eu sei
pela madrugada
pela emboscada
pela contramão

ninguém vai
saber de nada
eu sei
por qualquer poesia
por qualquer magia
por qualquer razão
eu sei
tudo por acaso
tudo por atraso
mera diversão

ninguém vai
saber de nada
eu sei...

domingo, 12 de setembro de 2010

sábado, 11 de setembro de 2010

Beer


E aí, organismo, quando é que eu vou começar a adorar esse treco? Cerveja, digo.
Estou no processo há tempos. Com japonês foi bem mais rápido. Digo, japonesa. Comida japonesa.
Bem que cerveja podia ser tipo, azul, né. Ou ter um gosto não tão amargo. Mas não vou desistir ainda. Vou gostar dia desses...
Como diz a Carlinha, confirma pra mim, produção?

terça-feira, 7 de setembro de 2010

sábado, 4 de setembro de 2010

de repente...

ah vai, me diz o que é o sossego
que eu te mostro alguém afim de te acompanhar
e se o tempo for te levar
eu sigo essa hora e pego carona pra te acompanhar

por que você me deixa tão solto/por que você não cola em mim/tô me sentindo muito sozinho/não sou nem quero ser o seu dono/é que um carinho às vezes cai bem/por que você me esquece e some/e se eu me interessar por alguém/e se ela, de repente, me ganha?

né?

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

terça-feira, 31 de agosto de 2010

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

terça-feira, 24 de agosto de 2010

vem comigo...


Post sem conteúdo útil (não que os outros tenham sido úteis), sobre nada.
Portanto, algumas considerações: 

Sobre a imagem, nem vou explicar. Quem sabe, sabe. :)

O feriado tá chegando e eu PRECISO viajar. É urgente.

A pós está me deixando meio louca. Em mais de um sentido.

Esse clima tem que ser frio intenso ou calor intenso? Não pode ser outono? Não, né.

Estou chegando no final da tpm e, contabilizando, briguei com umas 457 pessoas. Ou mais.

Bom, é isso. No mais, quem topa andar de bicicleta no sábado a tarde? A tarde eu digo, de dia, sim? Nada de 5 da tarde. Bora fazer exercício, amigos boêmios. Quem quiser me acompanhar, coloca o dedo aq... digo, me liga.


E vamo que vamo!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Haja paciência

E essa minha mania de buscar o conflito? Dizem que o que move o ser humano são mesmo os conflitos, mas porque não posso simplesmente sossegar no meio termo? Não consigo. Ou as coisas estão muito bem, ou estão em movimento caótico. E se elas não estão nem lá, nem cá, busco o conflito. E acontece em todas as áreas da minha vida. No trabalho, por exemplo, ou estou curtindo muito, ou estou brigando e reivindicando alguma coisa. Em outras palavras, causando. Porque se estou no "tanto faz", surto. E sei que é a hora de pedir as contas. O mesmo acontece nos relacionamentos. Ou a coisa está muito bem, ou eu estou criando o caos. Provocando. Assim, como criança hiperativa. Perturbando, mesmo. E sei lá porque, mas comigo tem que ser complicado. Tudo que é simples me cansa rápido. Toda discussão que fica no superficial me bodeia. Toda pessoa que não é minimamente intensa me desinteressa. E sei lá se isso significa que eu tive problemas na fase oral. Ou que meu id é caótico. Não sei. Só sei que eu sou assim. E, por isso, haja paciência. Porque se quiser deitar na rede e ficar em silêncio por três dias, não conte comigo. Não me entendam mal, sei apreciar o silêncio e a calma. Gosto de ficar sozinha. Dou valor a muitas pequenas coisas sem ruído. Sinto-me mais viva do que nunca sentindo o vento no rosto. Mas são momentos - e não estou falando sobre eles agora, nesse texto. No mais, preciso de movimento. Preciso de discussões profundas sobre pequenas coisas. Preciso de discordâncias. Preciso sentir que estou mudando e sendo mudada. E é essa transição que sinto com o conflito. Mudança.
Só assim respiro - por incrível que pareça, aliviada.




"Nunca tentei fazer a reconciliação
da minha alma com o meu corpo.
Discretamente, verifico que os dois não se dão:
que ele pensa de um modo e ela sente de outro.
Como também ignoro se um dia hão de se separar,
deixo que continuem assim:
desconfiados, esquivos, diferentes.
De quem é a culpa?"

Cristina Biazetto


domingo, 22 de agosto de 2010

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

honest disagreement


“Honest disagreement is often a good sign of progress."
Mahatma Gandhi

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

PARABÉNS!

Yupiiii!! Sexta-feira 13 de agosto: meu aniversário. E também o exato dia em que eu nasci. Ou seja, mó sorte, falaí.
Eu até ia falar sobre algum assunto especial, mas tenho que arrumar o quarto. Acho, na verdade, que alguém devia fazer isso pra mim, já que é meu aniversário. E poxa, sou leonina. Eu mando. Né? 
Falando nisso, conheço exatamente 5 pessoas próximas a mim - e com próximas não quero dizer que são da família, mas também não são famosos de livrinhos de signo - que fazem aniversário no mesmo dia que eu. Hoje. 13 de agosto. Pode? Acho mega coincidência. Mas aproveitando que estou citando essas pessoas aqui, vou mandar os parabéns. Carina, Ju, Thais, Amanda e Marcelo, PARABÉNS PRA NÓS! E que eu continue aparentando 18 anos, mesmo com um ou outro cabelo branco. Pô, quase não se nota. Meus alunos disseram que eu passo por estudante do colegial numa boa. Eu acreditei, ué. Lógico.
Bom, é isso aí. Vou lá comemorar.

E que venha os 28! ;)

sábado, 7 de agosto de 2010

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Mrs. Cold


Hey baby, Mrs. Cold
Acting so tough,
didn't know you had it in you to be hurt at all
You waited too long
You should've hook me,
before I put my raincoat on

Ok, I get it
Ok, I see
You were fronting because
You knew you'd find yourself vulnerable around me
Ok, I get it
Ok, I see
You feel vulnerable around me

Hey, baby
what's going on?
You lost control and you lost your tongue
You lost me
Deaf in my ear
Nothing you can say is gonna change the way I feel

Ok, I get it
Ok, I see
You were fronting because
You knew you find yourself vulnerable around me

Ok, I get it
Ok, I see
I step too close to your boundaries

You wanted nobody around to see
You feel vulnerable around me

Hey baby
What is love?
It was just a game
We're both playing and we can't get enough of


domingo, 1 de agosto de 2010

quinta-feira, 29 de julho de 2010

segunda-feira, 26 de julho de 2010

um pedaço do meu paraíso




É indescritível o que eu sinto quando vejo imagens assim. Meu olho brilha, certeza. Sou muito criança pra essas coisas. Vou à sorveteria e o meu potinho é todo colorido. Enquanto todas as pessoas - os adultos, pelo menos - estão com o potinho monocromático, o meu está com o sorvete azul de algodão doce, com o rosa de chiclete e com o verde de pistache. Vou direto nos coloridos, de criança. Pra beber é a mesma coisa. Adoro bebidas com curaçau, por exemplo, porque são lindas! Um azul que me faz querer beber. Adoro raspadinha, bala, chiclete de todos os tipos (principalmente aqueles redondos que ficam na máquina), doces coloridos e sucos igualmente coloridos, bem artificiais. Ah, e existem quatro lugares onde, se me largarem, fico horas e horas. Uma livraria, uma papelaria, uma loja de brinquedos e uma loja de doces. E nem vou mencionar parques de diversão e afins.

E aí, algum diagnóstico ou caso perdido mesmo?

domingo, 25 de julho de 2010

Tu e eu

Somos diferentes, tu e eu.
Tens forma e graça
e a sabedoria de só crescer
até dar pé.
Eu não sei aonde quero chegar
e só sirvo para uma coisa
- que não sei qual é!
És de outra pipa
e eu de um cripto.
Tu, lipa.
Eu, calipto.

Gostas de um som tempestade
roque lenha
muito heavy.
Prefiro o barroco italiano
e dos alemães
o mais leve.
És vidrada no Lobão
eu sou mais albinônico.
Tu, fão.
Eu, fônico.

És suculenta
e selvagem
como uma fruta do trópico.
Eu já sequei
e me resignei
como um socialista utópico.
Tu não tens nada de mim
e eu não tenho nada teu.
Tu, piniquim.
Eu, ropeu.

Gostas daquelas festas
que começam mal e terminam pior.
Gosto de graves rituais
em que sou o penitente
e, ao mesmo tempo, o prior.
Tu és um corpo e eu um vulto,
és uma miss, eu um místico.
Tu, multo.
Eu, carístico.

És colorida,
um pouco aérea,
e só pensas em ti.
Sou meio cinzento,
algo rasteiro,
e só penso em Pi.
Somos cada um de um pano
uma sã e o outro insano.
Tu, cano.
Eu, clidiano.

Dizes na cara
o que te vem à cabeça
com coragem e ânimo.
Hesito entre duas palavras,
escolho uma terceira
e no fim digo o sinônimo.
Tu não temes o engano
enquanto eu cismo.
Tu, tano.
Eu, femismo.

(Luis Fernando Verissimo)


expect nothing

sexta-feira, 23 de julho de 2010

O grande e o pequeno

Todo caso de amor tem sempre um grande e um pequeno.
Alguém um dia falou, em francês, que em todo caso de amor il y a toujours celui qui aime et celui qui se laisse aimer. É mais ou menos a mesma coisa. O pequeno ama, o grande se deixa amar. O grande fala, o pequeno ouve. O grande discorda, o pequeno concorda. O pequeno teme, o grande ameaça. O grande se atrasa, o pequeno se antecipa. O grande pede, ou nem precisa pedir, e o pequeno já está fazendo.
Não é uma questão de gênero. Existem homens pequenos e homens grandes, mulheres grandes e mulheres pequenas. O temperamento e as circunstâncias influem, mas não determinam. O grande pode ser o mais bem-sucedido dos dois ou não. O pequeno pode ser o mais sensível, mas nem sempre é assim. Muitas vezes o grande é o mais esperto, mas existem pequenos espertíssimos. Depende do caso.
Como ninguém descobriu, até hoje, uma regra que permita determinar qual é o grande e qual é o pequeno, só observando o casal mais atentamente.
Na rua, o que anda distraído quase sempre é o grande.
Quase sempre, no cinema, o grande só decide comprar pipoca depois que os dois já estão acomodados nas poltronas. O pequeno, então, fica esperando, vigiando, tomando conta para o filme não começar antes de o grande voltar, o que, por algum motivo, seria uma tragédia.
Numa festa, o pequeno deve estar ansioso para que a noite seja boa, principalmente se foi ele que sugeriu o programa. O grande se comportará de maneira indiferente até se deixar embriagar pela música, pela bebida ou pelo ambiente, quando então ficará muito mais animado do que o pequeno. Mesmo que o pequeno dance bem, o grande sempre dançará melhor. O pequeno evita o silêncio porque tem certeza de que a culpa é dele, por isso sempre tem arquivados na cabeça assuntos que possam ser úteis em todas as ocasiões. A calça nova do pequeno dificilmente lhe cai tão bem quanto a do grande, assim como o cabelo do grande está sempre melhor do que o pequeno, ainda que a festa inteira pense exatamente o contrário. O pequeno geralmente se comove com a Lua calado, enquanto o grande aponta, olha só a Lua. No final da festa é sempre o pequeno que quer ir embora, reservando o melhor da sua alegria para o resto da noite, enquanto o grande se despede dos amigos displicentemente.
Mais tarde, o pequeno é macho, é gueixa, é desgraçado, é exclusivo e, se o coração do grande por acaso ouvir seus gritos, que sorte. No dia seguinte o pequeno estará inevitavelmente preocupado: será que eu fiz tudo certo? Acho que eu não devia ter dito aquilo. Por que toda vez sou eu que beijo primeiro? Na dúvida, vai correndo procurar o grande, apesar de ter se prometido que nunca mais faria isso.
O grande e o pequeno podem ser de qualquer espécie, inclusive bichos, com exceção dos gatos, que são todos grandes.
Não necessariamente formam um casal. Não é só nas histórias de amor que existem grandes e pequenos. Havendo mais de um, um par qualquer, dois adversários, dois irmãos, dois amigos, sempre haverá o que quer mais e o que quer menos, o fascinante e o fascinado, o generoso e o pedinte.
Mas como tudo pode acontecer, senão nada disso ia ter graça, a qualquer momento, por alguma razão, geralmente à noite, imprevisivelmente, o grande pode ficar pequeno, e o pequeno ficar grande de repente. Basta um vacilo, um acaso, um cair de tarde, um olhar mais assim, um furacão, uma inspiração, uma imprudência.
Quando isso acontece, é comum o pequeno ficar maior ainda, o que torna automaticamente o grande ainda menor. O ex-pequeno, logo que é promovido a grande, pode se vingar do ex-grande, se o seu sofrimento tiver boa memória. Aí, coitado do novo pequeno, vai se arrepender de cada não beijo, cada não telefonema, cada não noite de insônia, cada não desespero, cada não entusiasmo, cada não carinho inesperado, indispensável, inevitável, imprescindível, cada não todas as palavras apaixonadas em qualquer língua do mundo. Ele vai se surpreender com a reviravolta, no começo, mas vai se conformar com sua nova condição de pequeno em seguida. E então vai seguir, cuidadoso e desastrado, na quase inútil intenção de conquistar o grande urgentemente.
(Adriana Falcão)


quinta-feira, 22 de julho de 2010

quarta-feira, 21 de julho de 2010

quinta-feira, 15 de julho de 2010

.


 



"É o que me põe apaixonado numa mulher: o pratinho do
vaso. O que é sem graça, o que somente protege, mas que é
confidente das raízes. O quanto ela é capaz de estar ao seu lado
sem que necessite imortalidade. O quanto me torno observador
das inutilidades. Falei inutilidades, pois é, não errei a digitação,
quem ama conserva as inutilidades. Os interesseiros e
ambiciosos guardarão as informações essenciais como nascimento
e medidas.Veja se um homem a quer quando se interessa
por aquilo que não gera interesse. O fútil é o fundamental. No
momento em que o desejo não descobre o que é importante e
preserva tudo." (Carpinejar)


terça-feira, 6 de julho de 2010

Há!



HAHAHA Cara, essa tirinha é muito boa. Adoro! Que aliança na taça de champagne que nada. O negócio é ser original, nénão?

E eis que a madrugada surpreende. Surpreende no cheiro. No papo gostoso. Surpreende nas possibilidades. Gosto um tanto da madrugada. E gosto assim. Quando tira do eixo. Quando mexe, mesmo.


Hoje, só amanhã.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

meu (ótimo) gosto

Estava pensando sobre pessoas que me atraem. Porque, dizem, meu gosto é péssimo. Mas não é bem isso.
Noite no bar. O papo cai em uma pessoa pública com corpo "bonitopadrãosociedade". Digo isso porque, pra mim, não é tão bonito. E todo mundo concorda que é lindo. Menos eu. E aí as pessoas me olham descrentes, e eu fico com fama de ter mau gosto. Mas não concordo com isso. É que não me interesso pelo que a maioria das pessoas se interessam. Só isso.
Tipo: ah, aquela pessoa lá é gostosa, tem um corpo lindo, bunda e sei lá mais o que.. aí eu olho e penso: foda-se. Não ligo pra isso. E não é hipocrisia nem nada. Eu realmente não ligo. Talvez por eu ser muito mais auditiva do que visual (sim, eu fiz o teste). Mais até do que não ligar, não me atrai. Prefiro as pessoas diferentes do padrão. Acho mais interessante. Curto as imperfeições. Curto o natural. Sinal, geralmente, de que o cérebro é mais exercitado. E, isso sim, me atrai. Converso com a pessoa. E é esse jeito com que ela fala sobre as coisas que me atrai ou não. É a paixão sobre qualquer que seja o assunto. É o olhar. O tom da voz. O jeito de falar. Os movimentos. Todo um conjunto de reações que me deixa encantada. Me importo com o rosto, sim. Os olhos, o sorriso. Mas não é uma atração física, exatamente. Gosto de como olha, de como sorri. São as reações que eu admiro. Os pormenores. Os detalhes. 
Só queria falar sobre isso porque as pessoas acham que meu gosto é ruim e isso e aquilo. Mas eu, particularmente, acho meu gosto ótimo. É o que importa, afinal. Padrões, corpo, físico coisa e tal, é o de menos. As pessoas são bonitas por um série de outras coisas. Tão mais interessantes, aliás.

Concluindo, tenho bom gosto.
E não se fala mais nisso.
;)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Carpinejar

iG: O que você acha que as pessoas querem num relacionamento hoje?
Fabrício Carpinejar:
Hoje você tem que estar equilibrado, todo mundo quer ter seu próprio espaço, ninguém quer se misturar, se mesclar. É claro que é legal respeitar a solidão do outro, mas há um individualismo que de certa forma não faz a gente querer um amor, mas uma amizade. Não queremos nos desesperar por alguém, queremos mesmo é evitar o sentimento extremado. Se você pode sair e voltar a qualquer hora, se você tem o controle do que você pede num relacionamento, isso é tudo menos amor. Os relacionamentos hoje são mais acordos do que entregas, mas na verdade queremos alguém que possa nos reconhecer.

iG: Você acredita que as pessoas estão procurando mais segurança do que amor? 
Fabrício Carpinejar: As pessoas deviam fazer seguros de vida para não confundi-lo com amor. Porque amor é justamente isso, é ficar inseguro, é ter aquele medo de perder a pessoa todo dia, é ter medo de se perder todo dia. É você se ver mergulhado, enredado, em algo que você não tem mais controle. Mas aí o que fazemos? Amamos com limite para não sofrer. Mas eu prefiro muito mais quem se ilude a quem é cético; precisamos desta ilusão que é justamente aceitar o risco que estamos correndo.

(matéria completa: http://delas.ig.com.br/amoresexo/a+vez+das+ciumentas/n1237687903307.htm)




Sem palavras.
Sei nem mais o que pensar, viu. Quanto mais o que dizer.
Fico na beirada do muro, hora pendendo pra um lado, hora pro outro.
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Mas vamo que vamo!


terça-feira, 29 de junho de 2010

#TPMmode:on



Que alegria! Minha tpm já deu os primeiros sinais de vida. Avisando que, dessa vez, virá com tudo. Estou enjoada, fazendo barulhos, com uma puta dor de cabeça e surtada emocionalmente. Não é o máximo, Brasil?
Juro que trocaria só a parte do surto emocional por aquelas cólicas de três ponstans. Mas pra que cólica se posso surtar, não é mesmo?
Nãooooo.
Bom, aproveito pra dizer que tentarei me afastar da vida social para evitar maiores danos. Volto quando - e se - passar.
E me desculpem adiantado, qualquer coisa.

Até.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

reflexão...

Li ontem um pensamento que me incomodou. A ponto de eu fazer um post sobre ele. Ok, sei que meus posts estão meio sem nexo, mesmo. Mas mesmo assim, se eu resolvi fazer um post sobre o pensamento, é porque considero importante. Ou não. Ou sim. Enfim.

"A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas? Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar."
 
Fiquei pensando sobre isso. Não faz sentido. Porque pensa: então é um ciclo. Se, como diz no final, "daí você espera alguém que venha te curar", quer dizer que vai fazer a mesma coisa com outra pessoa. E assim vai. E não, espera aí, não é bem assim. Que visão mais pessimista. Amar não é isso. Nem só, nem também. E por que a tal pessoa te deixaria pra trás, fraco e sangrando? Por que, mesmo talvez servindo de curativo para feridas antigas, você não pode ser especial? E por que a pessoa não pode ficar? E por que ele parte do ponto de que uma das pessoas está precisando ser curada? Ah, sei lá. Sei que essa frase me irritou. Talvez porque eu me sinta nessa situação. Digo, a da que precisa de curativo. Mas não acho que seja assim. Acho que pessoas especiais aparecem mesmo assim. E acho que não é por isso que não serão especiais. Não é por isso que, quando a pessoa ficar bem, vai abandonar a outra tal pessoa. Não faz sentido algum, esse treco. Para mim, é uma visão totalmente pessimista e pessoal. E, respondendo a pergunta que foi feita no começo: nada te garante. Nada. Mas a vida é assim, né. Sem garantias. Ainda bem.

domingo, 27 de junho de 2010






Alguém se habilita?
Então pega lá a senha.. 
rs brincadeira! 
Estarei esperando. Linda e loira.



terça-feira, 22 de junho de 2010

eu quero tudo que dá e passa...



Ai, ai.. to viciada nessa música. Do título, digo. Na real fico alternando entre ela e é o que me interessa, assim, o dia todo. Adoro.

Bom, as férias estão aí e eu estou feliz! Já disse que sou professora por dois motivos? Janeiro e Julho. rs
Mentira, tá. Se algum aluno estiver lendo isso - duvido, mas nunca se sabe - desconsidere.

Ai, queria dizer tanta coisa. Tanta mas tantaaaa coisa. Mas vou acabar não dizendo nada. Fato.

Deixo aqui então o que outra pessoa disse. Por mim.

O que é bonito
É o que persegue o infinito
Mas eu não sou
Eu não sou, não...
Eu gosto é do inacabado
O imperfeito, o estragado que dançou
O que dançou...
Eu quero mais erosão
Menos granito
Namorar o zero e o não
Escrever tudo o que desprezo
E desprezar tudo o que acredito
Eu não quero a gravação, não
Eu quero o grito
Que a gente vai, a gente vai
E fica a obra
Mas eu persigo o que falta
Não o que sobra
Eu quero tudo
Que dá e passa
Quero tudo que se despe
Se despede e despedaça
O que é bonito...


terça-feira, 15 de junho de 2010

Vai curinth...ops...BRASILLLL!!



Gente do céu.. olha o que eu postei no fotolog em 28/06/2005:

É impressionante como eu mudo de opinião. Assim, de uma hora pra outra. Agora quero isso, amanhã não quero mais. Hoje gosto disso, depois daquilo, e daí dos dois. É, sou totalmente inconstante. E complicada.
Muito.
Será que alguém encara? rs
Duvideodó 

Ou seja, 5 anos se passaram e eu continuo a mesma! Tudo bem que pessoas até encararam, né.. mas mesmo assim, cara, continuo complicada.
Será que é porque eu sou mulher?

Bom, mas hoje é dia de jogo do Brasil e bora torcerrrr...

E vamo que vamo!


sábado, 12 de junho de 2010

Ah, vá...



Então quer dizer que alguém resolveu que hoje é dia dos namorados. Morri. Bom dia pra ficar longe dos restaurantes e motéis da cidade. Gente, cá entre nós, ficar em fila de motel no dia dos namorados é deprimente demais, nénão? Porra, vá pra moita mais próxima e manda ver! Muito mais fácil e barato. E menos vergonhoso, diga-se de passagem.

Bom, a foto aí do post é da rolinha que cuidamos. Agora ela está na reabilitação, se preparando pra voltar pra natureza. Não é lindo? E posso falar que, depois dela, eu quero um hamster? Só que meu pai surtou e disse não.  Na verdade a primeira idéia era um pintinho, né. Mas como pintinhos fofos viram galos grandes, eu liguei pra minha avó pra pedir pra ele ficar lá, quando crescer. Sem virar canja, lógico. Mas ela disse não. Aí apelei pro hasmter. E sabe como meu pai terminou a discussão quando pedi pra ele - o hamster - vir morar comigo? "- Mais fácil você pedir pra ir morar com ele."
Curto e grosso.

Mas mudando de assunto, ontem tive que assistir pânico no bar. Só que tipo, não sou obrigada, né. Então eis que larguei a galera lá e fiquei sentada em uma mesinha de fora, trocando a maior idéia com um tal de Bruno, garçom do lugar. Agora, sério. Se for pra ver uma pessoa caindo em um buraco na praia, NÃO ME CHAMEM MAIS. E tenho dito.

Hoje, só amanhã.



Cuz I´m tired of whys, choking on whys,
Just need a little because

Just a little

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Blá

Sabe que, nessa onda de blog, sinto falta do fotolog? Sinto falta de associar imagem à palavra. Enfim. reflexões sem sentido a parte, vamos falar de algo que faz sentido. Tipo o nome dessa budega.
Supostamente sem durex foi concebido porque eu falo demais. Pode ser que sim. Pode ser, veja bem. Não estou afirmando nada. Nem vou me estender nesse post pra não dar razão à teoria. Mas, pensando bem, não é que eu fale demais. Talvez eu me abra demais. E isso, supostamente de novo, não é legal. E eu era o oposto disso, mas aí a vida vai acontecendo e a gente vai mudando. E foi. Sabe aquele silêncio necessário? Aquele momento de deixar em aberto? Aquela hora de dizer nas entrelinhas? Perdi a mão. Tá aí, perdi a mão. Mas nada que um pouco de treino não resolva. Nada como um pouco de treino pra trazer todas as proteções de volta. Fácil, né? Simples...

Alguém me ensina?

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Salve, salve!


Sim, minha gente, voltei para o mundo maravilhoso dos blogs! E graças a Laura, essa criança feliz da foto, que me ajudou a fazer essa budega. Ajudou não, né. Fez pra mim. O fato é que eu volteiiii, e agora é pra ficarrrr...
Bom, vou parar por aqui porque preciso dormir. E sonhar. Com japa.
Ou não.